"Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade!" C.Lispector

sábado, 15 de março de 2008

.telhado.


Me sinto um telhado torto, um telhado velho, que já agüentou muitos vendavais e temporais. Mesmo trocando minhas telhas, continuam as marcas, voltam as goteiras.
E se eu desabar? O que irá proteger meu interior dos monstros da noite que espreitam lá fora? Do bicho-papão?
O telhado é só minha carcaça, encarniçada.
Atraindo do mundo, toda a podridão!

13 comentários:

  1. Fiquei emocionada com seu texto, Jé, muito triste. Real e triste. Às vezes me sinto exatamente assim. Que vida doida!! Doida, triste e feliz!!

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  2. Triste, mas acontece mesmo.
    Temos que suportar muitas tempestades, só não podemos deixar que elas arranquem nossas telhas e nos levem de nós.

    Muito bom, gostei da comparação.

    Abração!

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  3. Só dar aquelas ajeitadinhas não funciona. Às vezes é preciso reconstruir.

    Muito triste esse texto. Mas é bem real. O medo que você passa nele, eu sinto algumas vezes. Tão ruim...

    Beijo.

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  4. Forte, o telhado tem que se recompor a cada dia, para agüentar sol, chuva e ventania. Somos assim, temos que nos adaptar e agüentar muito para nos mantermos sempre de pé. A ausente aqui postou novidade no blog, chega lá e confere! Beijos...

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  5. Oi Jéssica, estou retribuindo a visita que fez ao meu blog, e espero que volte mais vezes.

    Li algumas coisas do seu, e me parece ter um bom conteudo pra reflexão, isso é mto bom.

    sobre esse post, gostei muito da analogia, ficou tanto reflexivo, tanto poético, e o melhor, tem você nele, de uma maneira simples e complexa. E se você desabar, a gente cola com fita crepe, no te preocupes.

    parabéns pelo blog.

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  6. As vezes não somos mais fortes do que aparentamos, bases boas tornam mais dificil o desabamento do que está recobrindo-as.
    muito booooooom jé!
    beijão :*

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  7. Acho que consegui entender bem o que quer dizer... =//

    Bjocas

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  8. Moça,

    Eu vou confessar que não gostei do final. E tem um errinho bobo de português, mas que é um errinho. Bichos. :)

    bjos

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  9. O Sol abandonou o céu
    A Lua ironiza no celeste
    Soltas perversas vontades
    Cruzam a tua vida agreste


    Convido-te a partilhar a minha visão da forma em
    como a vida às vezes é perversa para algumas mulheres…

    Bom domingo

    Doce beijo

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  10. Jéssica, há quanto tempo eu não venho pra cá, né? Puxa.
    Teus escritos me lembraram Alvares de Azevedo, têm um quê desabafo, tristeza e (por que não?) beleza.

    Nossa, fiquei super hiper mega ultra power master blaster feliz com o selo que tu me deu! Mas que vergonha, eu morro de vergonha com essas coisinhas e por isso, não coloco no blog - mas guardo sempre bem dentro do coração. Se eu continuo escrevendo (mesmo que pouco, o tempo é curto), é também, porque existem pessoas queridas que gostam do que sai de mim, através das letras. Obrigada mesmo, mesmo, mesmo, viu mocinha!

    Uma beijoca e cuida desse telhado, não deixa que nada o quebre, cuida do telhado como se cuida de um coração. :)

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  11. ei, sou sua nova fã, seu blog é demais! :)
    (a menina que você viu na comunidade da clarice)

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  12. De quê adianta telhado novo se a casa por dentro continua aos pedaços...

    bjo!

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  13. Lembro quando eu era criança que morava do lado de um galpao.
    O galpao tinha um telhado velho, torto, surrado.
    Todo mundo tinha certeza que logo logo ele ia cair.
    Sei que os anos passaram, eu cresci e o telhado ainda ficou intacto por muiiiiitos anos.
    Telhados velhos são mais resistentes do que se possa imaginar.
    O seu nao e diferente. Pode ter certeza.

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"Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras." - C. Lispector