"Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade!" C.Lispector
sábado, 15 de março de 2008
.telhado.
Me sinto um telhado torto, um telhado velho, que já agüentou muitos vendavais e temporais. Mesmo trocando minhas telhas, continuam as marcas, voltam as goteiras.
E se eu desabar? O que irá proteger meu interior dos monstros da noite que espreitam lá fora? Do bicho-papão?
O telhado é só minha carcaça, encarniçada.
Atraindo do mundo, toda a podridão!
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Fiquei emocionada com seu texto, Jé, muito triste. Real e triste. Às vezes me sinto exatamente assim. Que vida doida!! Doida, triste e feliz!!
ResponderExcluirTriste, mas acontece mesmo.
ResponderExcluirTemos que suportar muitas tempestades, só não podemos deixar que elas arranquem nossas telhas e nos levem de nós.
Muito bom, gostei da comparação.
Abração!
Só dar aquelas ajeitadinhas não funciona. Às vezes é preciso reconstruir.
ResponderExcluirMuito triste esse texto. Mas é bem real. O medo que você passa nele, eu sinto algumas vezes. Tão ruim...
Beijo.
Forte, o telhado tem que se recompor a cada dia, para agüentar sol, chuva e ventania. Somos assim, temos que nos adaptar e agüentar muito para nos mantermos sempre de pé. A ausente aqui postou novidade no blog, chega lá e confere! Beijos...
ResponderExcluirOi Jéssica, estou retribuindo a visita que fez ao meu blog, e espero que volte mais vezes.
ResponderExcluirLi algumas coisas do seu, e me parece ter um bom conteudo pra reflexão, isso é mto bom.
sobre esse post, gostei muito da analogia, ficou tanto reflexivo, tanto poético, e o melhor, tem você nele, de uma maneira simples e complexa. E se você desabar, a gente cola com fita crepe, no te preocupes.
parabéns pelo blog.
As vezes não somos mais fortes do que aparentamos, bases boas tornam mais dificil o desabamento do que está recobrindo-as.
ResponderExcluirmuito booooooom jé!
beijão :*
Acho que consegui entender bem o que quer dizer... =//
ResponderExcluirBjocas
Moça,
ResponderExcluirEu vou confessar que não gostei do final. E tem um errinho bobo de português, mas que é um errinho. Bichos. :)
bjos
O Sol abandonou o céu
ResponderExcluirA Lua ironiza no celeste
Soltas perversas vontades
Cruzam a tua vida agreste
Convido-te a partilhar a minha visão da forma em
como a vida às vezes é perversa para algumas mulheres…
Bom domingo
Doce beijo
Jéssica, há quanto tempo eu não venho pra cá, né? Puxa.
ResponderExcluirTeus escritos me lembraram Alvares de Azevedo, têm um quê desabafo, tristeza e (por que não?) beleza.
Nossa, fiquei super hiper mega ultra power master blaster feliz com o selo que tu me deu! Mas que vergonha, eu morro de vergonha com essas coisinhas e por isso, não coloco no blog - mas guardo sempre bem dentro do coração. Se eu continuo escrevendo (mesmo que pouco, o tempo é curto), é também, porque existem pessoas queridas que gostam do que sai de mim, através das letras. Obrigada mesmo, mesmo, mesmo, viu mocinha!
Uma beijoca e cuida desse telhado, não deixa que nada o quebre, cuida do telhado como se cuida de um coração. :)
ei, sou sua nova fã, seu blog é demais! :)
ResponderExcluir(a menina que você viu na comunidade da clarice)
De quê adianta telhado novo se a casa por dentro continua aos pedaços...
ResponderExcluirbjo!
Lembro quando eu era criança que morava do lado de um galpao.
ResponderExcluirO galpao tinha um telhado velho, torto, surrado.
Todo mundo tinha certeza que logo logo ele ia cair.
Sei que os anos passaram, eu cresci e o telhado ainda ficou intacto por muiiiiitos anos.
Telhados velhos são mais resistentes do que se possa imaginar.
O seu nao e diferente. Pode ter certeza.