Tudo que existe é milimetricamente perfeito, perfeito para me foder. Seus seios, meu palavreado sem freios, tudo colabora com o coveiro que trabalha no aprofundamento de meu antro desde o momento - precioso e único - que lhe conheci.
Vadia da noite, do dia, da madrugada, me embaralha mais a vista que dias nebulosos, me embriaga mais que qualquer whisky à la cowboy. Enjoy. Propagandas se propagam pelo mundo mais rápido que parcelamentos das Casas Bahia. Mal nascemos e já procuramos mil desculpas para morrer.
E de tudo se morre. Morre-se de tédio, tétano, ciúme, encomenda, e às vezes, muito às vezes, até mesmo de morte morrida. Dessas que todo mundo deseja ardentemente, encontrar a luz dormindo e sonhando com dias nos quais a dívida do carro estivesse quitada, ou então que sua casa fosse finalmente própria.
E por fim, morre-se de desgosto - tem gente que diz que é morrer por ou de amor. Acaba sendo tudo a mesma coisa. Não gostei de lhe ver nos braços de outro e morri esticando os meus, na vã tentativa de lhe reter. Mas sabe o que é verdadeiramente pior nesses tipos de morte? É que amanhã você vive outra vez. Ah, essa eterna ressurreição sadista.
"sabe o que é verdadeiramente pior nesses tipos de morte? É que amanhã você vive outra vez. Ah, essa eterna ressurreição sadista."
ResponderExcluirGostei dessa parte.
Parece que é tudo um grande ciclo com inicio meio e fim. Se apegar a qualquer coisa ainda que imaterial nesse mundo nos leva a esse sentimento de morte mais forte do que deveria. Aprenda a viver as coisas sem depender delas, as viver sabendo que tudo é como uma planta que um dia vai morrer para que se possa nascer uma mais bonita no lugar. Seu texto é um turbilhão de desabafos e emoções. Traduz exatamente a frase da Clarice lá em cima no seu blog.
Se tiver tempo e saco passe no meu blog.
http://escritoscomvidapropria.blogspot.com/
Oi, Jéssica,
ResponderExcluirEntre a vida e a morte...ficamos na corda bamba, desviando da dor, sobrevivendo, levantando a mão, conversando com a sorte, acenando para o que não acontece...eita ciclo que não se acaba mais.
Gostei do fio cortante de seu texto.
Abraço