Meu olhar se perdeu na Lua, mas não perde nenhum Luar.
Ele virou há muito o refúgio do meu grito contido, querendo gritar ao mundo tudo o que eu penso, tudo o que eu sinto!
Mas quando me dão a oportunidade de gritar minha voz se esvai, meus olhos se fecham e meus pensamentos paralisam. Esqueço tudo que há em mim. Tudo que quer sair de mim. E quando o tempo que eu tinha para gritar acaba, em mim volta a sede pelo desabafo, pelo grito amarrado na garganta que escorre pelos olhos!
E tudo o que resta são meus olhos a olhar, a implorar, a em silêncio gritar.