quarta-feira, 2 de julho de 2008
ao fato de nada me satisfazer
meu querer passa os limites e minhas
tentativas atropelam as cercas do
bom senso,
censurado pelos sonsos insolentes!
que pensamento hipócrita o de limitar uma pessoa
cada pessoa é uma incógnita,
um X numa equação à ser descoberto
uma equação nascida balanceada e
sendo desbalanceada pelo fator vida.
o coração transpassa os limites cardíacos
os toques transpassam os limites do tato
tocam a alma
se desesperam na calma
e encontram o limite do ser:
infinito
segunda-feira, 14 de abril de 2008
à flor da pele

Qualquer luz me faz cegar
Qualquer sorriso me faz querer
Ser mais profunda que o mar
Ser mais feliz que você
Qualquer grito me faz desesperar
Qualquer prece me faz crer
Qualquer olhar me faz sentir
A agonia de querer viver [ou morrer!].
Qualquer estrela me faz chorar
Qualquer susto me faz estremecer
Nada faz meu coração disparar
Mas TUDO FAZ DOER!
À flor da pele.
A pele em flor.
Vulnerabilidade,
ardor.
Sensibilidade,
tremor.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Meu olhar se perdeu na Lua, mas não perde nenhum Luar.
Ele virou há muito o refúgio do meu grito contido, querendo gritar ao mundo tudo o que eu penso, tudo o que eu sinto!
Mas quando me dão a oportunidade de gritar minha voz se esvai, meus olhos se fecham e meus pensamentos paralisam. Esqueço tudo que há em mim. Tudo que quer sair de mim. E quando o tempo que eu tinha para gritar acaba, em mim volta a sede pelo desabafo, pelo grito amarrado na garganta que escorre pelos olhos!
E tudo o que resta são meus olhos a olhar, a implorar, a em silêncio gritar.