"Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade!" C.Lispector

segunda-feira, 22 de março de 2010

Forbidden Love

Whatever.
Suas mãos são mais macias que as minhas, seus tons de esmalte são vivos, fortes... não apagados e sem graça que nem os meus. Seus perfumes mais sexys, seu cheiro mais inesquecível. Como fui me deixar levar pelo seu ar de mulher séria e segura, pelo seu andar confiante e deslumbrante no salto alto? Nunca perde a compostura, nunca eleva seu tom de voz. Seu hálito doce sempre me chama pra perto, para esse deserto sem fim que lhe compõe.
E talvez você nem saiba que meu olhar esconde esse desejo mais que proibido... pecador. Ou talvez você saiba, mas não quer se arriscar pelo meu querer, para me ter... sabe que não terá futuro. A perdição seria única, não haveria bis. Acontecimentos assim são raros, pessoas como você também. Que estranha atração, apenas um encontro num elevador e você me deixou sem jeito, eu que fui formada para ter uma fala impecável, eu que sou tão articulada fiquei com a língua presa.
No meu pensamento um encontro de pura sensualidade vai se tecendo, saltos altos são jogados de lado e daríamos vivência ao verbo ser, apenas seríamos... sem nenhuma preocupação, sem nenhuma cobrança alheia, sem mais nem menos.

Apenas seríamos, duplamente mulheres... e por inteiro.

6 comentários:

  1. Gostei muito, querida
    Aah, quantas vezes isso npos acontece?
    Beeijos ♥

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  2. Adorei os detalhes!
    Gostei mesmo. :)

    Gostei também da citação da Clarice:
    "Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras." :)

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  3. Hum...

    Nunca uso esmalte claro, será isto um perigo?

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  4. grato pela sua visita

    sou feliz ter leitoras como voce

    voce me motiva. é para mim gratificante..

    amo suas palavras

    beijos!!

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  5. a coisa da comparação é bacana. compôs bem o texto.

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  6. Agradeço e retribuo sua visita.

    "Quase me perdi em seus devaneios, quando desejar se perder em companhia de alguém: me chama."

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"Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras." - C. Lispector